A importância da família no desenvolvimento do apego seguro

A qualidade da relação mãe-filho é importante, embora, ao se considerar a segurança do apego e o desenvolvimento da criança, seja necessário entender o contexto da família como um todo, assim como as influências sociais externas. Nesse sentido, a abordagem sistêmica foca em três influências principais em relação à construção do apego: a relação conjugal, as histórias de apego dos pais e a rede social envolvida.

Os padrões de apego são transmitidos por gerações. Importa lembrar que uma criança é influenciada não somente pelo seu sistema familiar, mas também pelos sistemas comunitários apoiadores (por exemplo, grupos religiosos, escolas, vizinhança e família extensa).

Os pais que encaminham mensagens calorosas e validadoras tendem mais a facilitar o apego seguro. O apego seguro se refere ao pertencimento, o que inclui fazer parte de uma rede de relacionamento.

Outra característica importante se refere aos pais/cuidadores apresentarem uma postura proativa em vez de reativa, ou seja, eles utilizam um tom positivo, criando uma estrutura consciente e clara, resultando em uma proximidade física e emocional que cria uma relação recíproca e positiva. A sensação de conexão é essencial para construção de um vínculo entre criança e cuidador.

Essa construção só é possível se os pais/cuidadores estiverem conscientes de sua “bagagem” emocional e de seus padrões de funcionamento familiar. Desta forma, os limites fornecidos de forma punitiva danificam os relacionamentos de apego e a autoestima da criança. Quando faltam limites adequados, as crianças tornam-se autocentradas, controladoras e aprendem que não devem respeitar nem confiar nas figuras responsáveis.