Negritude(s) e o processo de apagamento do ser

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Negritude(s) e o processo de apagamento do ser

SPRGS
Publicado por SPRGS em Eventos · 8 Setembro 2020
Evento promovido pela L.E.R. (Liga de estudantes e recém-formados)
Negritude(s) e o processo de apagamento do ser
Convidado
Psicanalista Ignácio Alves Paim Filho
04 de novembro de 2020
O evento realizado no dia 4 de novembro, Mês da Consciência Negra, nos trouxe muitos questionamentos sobre este tema tão necessário para a Negritude Brasileira.

No evento, fomos guiados pela fala do Psicanalista Negro Ignácio Paim, que discorreu brilhantemente sobre a temática.

Dentre os diversos apontamentos, o psicanalista falou sobre o quão necessário é que se quebre o silêncio sobre o racismo.
Para Paim, não basta sermos Antirracistas, temos o dever de reparar a escravidão com ações, sejam elas afirmativas ou de linguagem.

Com suas falas marcantes e necessárias, o psicanalista fez uma relação entre o negro e a pulsão de morte. Ele refere que a pulsão de morte é importante para a população negra, pois essa população aprendeu a viver em situações demasiadamente adversas. Este povo conta com um legado de um sofrimento imensurável e uma forte resistência.

Segundo ele, o povo negro é "herdeiro de uma capacidade de usar a pulsão de morte para sobreviver".

Nós, enquanto Liga, pessoas, estudantes, psicólogos, brancos e negros só temos a agradecer pelo privilégio de discutirmos sobre este assunto que durante muito tempo foi ignorado.




O evento tem como objetivo promover um espaço para reflexão discorrer sobre os sentidos histórico-sociais, políticos e culturais atribuídos ao ser negro sob um olhar psicanalítico. Nesse sentido, fomentando o exercício da alteridade e do respeito à diversidade étnica.
O atravessamento do racismo no processo de constituição identitária dos sujeitos e a maneira como esse preconceito e a violência nele embutida nos afeta de forma direta e indireta. Ainda hoje, o racismo mobiliza diversos instituições e micropoderes que ativam saberes a serviço da manutenção de apagamento de identidades. Assim, o racismo estrutural se constitui enquanto um conjunto de práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais que coloca um grupo social ou étnico em uma posição superior em relação ao outro.

Ignácio Alves Paim Filho
Psicanalista, negro, membro pleno do CEPdePA, membro titular com função didática da SBPdePA e autor de ensaios sobre "O descobrir-se negro em terras estrangeiras".

Promoção: L.E.R. Liga de Estudantes e Recém-formados da SPRGS




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