O desenho como dispositivo de intervenção: Lilo e Stitch no divã
DOI:
https://doi.org/10.29327/217869.9.2-2Resumo
A psicanálise, enquanto teoria e método de investigação tem possibilitado a ampliação da compreensão dos fenômenos que ocorrem em diversas áreas do conhecimento, tal como na literatura e no cinema. O uso dos contos de fadas, a partir da perspectiva psicanalítica tem se mostrado útil no trabalho com crianças. Este artigo se trata de um estudo bibliográfico, que tem por objetivo apresentar a possibilidade do uso do desenho animado, como uma ferramenta a mais no trabalho do psicólogo, com crianças, no contexto escolar. Para tanto, apresenta algumas semelhanças entre o mundo fantástico dos contos e do desenho animado, sobretudo no que diz respeito à utilidade de ambos enquanto dispositivos para o trabalho com crianças. Em seguida, é analisado o filme Lilo e Stitch, sob o prisma da psicanálise, destacando elementos que possam auxiliar no trabalho do psicólogo com crianças, no contexto escolar. Conclui-se que o desenho animado, assim como os contos, pode ser um recurso promotor de saúde no desenvolvimento infantil e uma ferramenta adicional ao trabalho do psicólogo na educação infantil. Sugerem - se mais estudos, especialmente empíricos, tanto para o uso dos contos, como para o uso do desenho animado, no trabalho com crianças, pelo psicólogo escolar.Referências
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