Psicanálise e música

contribuições do acalanto ao viver criativo

Autores

  • Denise Sayuri Abe Universidade Estadual de Londrina
  • Amanda Lays Monteiro Inácio Universidade São Francisco
  • Rosemarie Elizabeth Schimidt Almeida Universidade Estadual de Londrina
  • Maíra Bonafé Sei Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.29327/217869.10.1-7

Resumo

Ainda na fase intrauterina, o som já se encontra presente e o bebê pode captá-lo e senti-lo em toda a extensão de seu corpo, principalmente a voz da mãe. O início da vida erige os alicerces da vida psíquica e, dada sua relevância, sob o vértice da psicanálise, buscamos apreender a atividade musical do acalanto, a qual pode favorecer um desenvolvimento emocional saudável. Freud e Winnicott assinalam que, ao nascer, o bebê é dependente de cuidados alheios. A mãe, para Freud, corresponde ao primeiro objeto de amor da criança e, para Winnicott, ela corresponde à provisão ambiental indispensável ao amadurecimento pessoal. Assim, destacamos a presença do acalanto como um dos primeiros objetos culturais a que a criança tem acesso. Este se configura como um fenômeno transicional que demarca a infância, servindo de instrumento para a continuidade do “ser” e também, por meio da identificação, como vetor da herança cultural. Para corroborar as asserções, realizou-se uma análise da animação Coco (2017), por meio do método psicanalítico. Depreendeu-se, assim, que o valor atribuído ao acalanto não é somente musical e cultural, mas traduz-se em efeitos ao desenvolvimento do infante uma vez que fortalece o vínculo primordial mãe-bebê e possibilita um viver criativo.

Biografia do Autor

  • Denise Sayuri Abe, Universidade Estadual de Londrina

    Psicóloga. Especialista em Clínica Psicanalítica pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).

  • Amanda Lays Monteiro Inácio, Universidade São Francisco

    Psicóloga. Mestre em Educação pelo Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Clínica Psicanalítica pela mesma instituição. Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-graduação Stricto-sensu da Universidade São Francisco. Professora Assistente do Departamento de Psicologia e Psicanálise da Universidade Estadual de Londrina.

  • Rosemarie Elizabeth Schimidt Almeida, Universidade Estadual de Londrina

    Psicóloga. Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professora Associada do Departamento de Psicologia e Psicanálise da Universidade Estadual de Londrina e coordenadora do Curso de Especialização em Clínica Psicanalítica. Formação em Psicanálise.  

  • Maíra Bonafé Sei, Universidade Estadual de Londrina

    Psicóloga. Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta do Departamento de Psicologia e Psicanálise e Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2021-08-25

Edição

Seção

Artigos