A intervenção da psicologia com pessoas em situação de rua nas enchentes de 2024
DOI:
https://doi.org/10.29327/Resumo
A enchente de maio de 2024 no Estado do Rio Grande do Sul demandou estratégias diferenciadas de atuação da Psicologia junto às PSR’s (Pessoas em Situação de Rua). Estas pessoas possuem características próprias, como extrema vulnerabilidade social, ausência de moradia fixa ou convencional, e fragilização ou rompimento de vínculos familiares. Elas também podem ser vítimas de agravos típicos da população geral (hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares), além de outros agravos específicos desta condição (doenças dermatológicas, respiratórias e IST’s – Infecções Sexualmente Transmissíveis). Frequentemente são acometidas por Transtornos Mentais, incluindo os Transtornos Relacionados a Substâncias. As PSR’s são atendidas pelos serviços de saúde e assistência social dos municípios, a partir de legislação específica. Em grandes centros urbanos, são atendidas pelas ECR’s (Equipes de Consultório na Rua), equipes multiprofissionais que incluem a Psicologia. Este artigo é o relato de experiência de uma Psicóloga integrante da ECR de Canoas/RS, um dos Municípios mais atingidos pelas enchentes de maio de 2024. Pretende-se elucidar a complexidade do atendimento destas pessoas no contexto da recente catástrofe climática, as implicações deste evento para sua saúde, bem como descrever as ações e intervenções necessárias e possíveis neste contexto.
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