Brincar e constituição psíquica: impactos da tecnologia na infância contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.29327/Resumo
Este artigo discute os impactos da inserção precoce das tecnologias digitais na constituição psíquica da criança e nas transformações do brincar na contemporaneidade. Parte-se da constatação de que o contexto infantil atual é atravessado por vínculos fragilizados e pela presença cada vez mais intensa de dispositivos digitais, especialmente em momentos antes ocupados por interações humanas. A investigação adota metodologia teórico-bibliográfica e fundamenta-se em conceitos da psicanálise e da educação, explorando as interfaces entre simbolização, presença afetiva e mediação tecnológica. Analisa-se como o uso das tecnologias, quando não mediado adequadamente, pode comprometer o desenvolvimento da criatividade, a elaboração subjetiva e a construção dos vínculos. Também são apresentados modelos que propõem formas mais éticas e sensíveis de uso dos dispositivos digitais, desde que articuladas à escuta do ritmo interno da criança. Conclui-se que o brincar permanece como condição estruturante da subjetividade e que sua proteção demanda a presença ativa de adultos capazes de sustentar espaços simbólicos em meio à cultura digital.
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