In persona Christi: o simbolismo do sacerdócio como dispositivo de captura no abuso sexual infantil

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DOI:

https://doi.org/10.29327/

Resumo

Ao longo de sua extensa herança teórica, Freud oferta insumos para se pensar de forma ampla acerca da religião, do sujeito que nela se enlaça e nas relações que dela surgem. A partir do documentário Mea Maxima Culpa – Silêncio na Casa de Deus (2012) e da teoria psicanalítica, propõe-se analisar esses temas e minuciar quais aspectos atravessaram as relações de quatro meninos com o padre que os vitimou sexualmente em uma escola para meninos surdos, nos Estados Unidos dos anos 50. Para isso, utilizou-se como metodologia a Análise Documental para a coleta de dados e a Análise de Discurso para qualificação desses dados em três eixos discursivos. A partir dessa classificação, foi possível construir a compreensão da confusão de línguas Ferencziana entre as crianças e o sacerdote, e de que forma esse sujeito captura suas vítimas pelo lugar de totem que ocupa frente à sua comunidade. Além disso, o desamparo humano foi entendido como condição para o estado de Ilusão postulado por Freud em 1927 e o ensurdecimento crítico da massa religiosa como produto disso. Ainda, concebeu- se também o gozo perverso do clérigo no seu lugar de poder. Em suma, este trabalho visou oferecer uma leitura da religião como função social e as vulnerabilidades possíveis consequências desse fenômeno.

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Biografia do Autor

  • Valeska Lepper dos Santos, PUCRS

    Psicóloga (CRP 07/39998), Bacharel em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS).

  • Carolina Neumann de Barros Falcão, PUCRS

    Psicóloga, Psicanalista, Professora Adjunta do curso de Graduação em Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS).

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Publicado

16-09-2025

Edição

Seção

Prêmio Estudante e Recém-formado

Como Citar

In persona Christi: o simbolismo do sacerdócio como dispositivo de captura no abuso sexual infantil. (2025). Diaphora, 13(2), 99-108. https://doi.org/10.29327/