Manejo de contingências: percepções dos profissionais em uma unidade para tratamento de transtornos aditivos
DOI:
https://doi.org/10.29327/Resumo
Introdução: apesar dos avanços científicos relacionados aos transtornos por uso de substâncias (TUS), os índices de abandono do tratamento e de recaída seguem altos. Em usuários de crack, isso é preocupante, uma vez que as abordagens terapêuticas clássicas têm se mostrado insuficientes. O manejo de contingência (MC) tem sido apontado como uma estratégia promissora no tratamento dos TUS; todavia, não há estudos analisando a utilização do MC a partir do ponto de vista da equipe assistencial. Objetivo: avaliar a percepção dos profissionais a respeito do MC em uma unidade de internação de transtornos aditivos com foco nos usuários de crack. Método: estudo qualitativo, no qual dez profissionais que utilizam MC em sua prática assistencial foram entrevistados de forma semiestruturada. O material foi submetido à análise de conteúdo e, para a categorização dos temas principais, utilizou-se o software NVivo. A análise permitiu o agrupamento dos temas em cinco grandes categorias: sistema de pontos, gratificações, aplicação do MC no TUS, críticas e sugestões, sendo estas divididas em 13 subcategorias. Resultados: os entrevistados reconhecem o MC como uma alternativa no tratamento ao uso de drogas, principalmente através de gratificações que permitam contato externo, possibilitando a participação da família no processo terapêutico. Também apontam para a necessidade de uma maior apropriação do funcionamento do MC entre profissionais e pacientes. Conclusão: o MC tem um potencial de promoção de resultados terapêuticos positivos, sobretudo quando alinhado a outras abordagens.
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