Manejo de contingências: percepções dos profissionais em uma unidade para tratamento de transtornos aditivos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/

Resumo

Introdução: apesar dos avanços científicos relacionados aos transtornos por uso de substâncias (TUS), os índices de abandono do tratamento e de recaída seguem altos. Em usuários de crack, isso é preocupante, uma vez que as abordagens terapêuticas clássicas têm se mostrado insuficientes. O manejo de contingência (MC) tem sido apontado como uma estratégia promissora no tratamento dos TUS; todavia, não há estudos analisando a utilização do MC a partir do ponto de vista da equipe assistencial. Objetivo: avaliar a percepção dos profissionais a respeito do MC em uma unidade de internação de transtornos aditivos com foco nos usuários de crack. Método: estudo qualitativo, no qual dez profissionais que utilizam MC em sua prática assistencial foram entrevistados de forma semiestruturada. O material foi submetido à análise de conteúdo e, para a categorização dos temas principais, utilizou-se o software NVivo. A análise permitiu o agrupamento dos temas em cinco grandes categorias: sistema de pontos, gratificações, aplicação do MC no TUS, críticas e sugestões, sendo estas divididas em 13 subcategorias. Resultados: os entrevistados reconhecem o MC como uma alternativa no tratamento ao uso de drogas, principalmente através de gratificações que permitam contato externo, possibilitando a participação da família no processo terapêutico. Também apontam para a necessidade de uma maior apropriação do funcionamento do MC entre profissionais e pacientes. Conclusão: o MC tem um potencial de promoção de resultados terapêuticos positivos, sobretudo quando alinhado a outras abordagens.

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Biografia do Autor

  • Márcio Silveira da Silva, UFRGS

    Mestrado profissional em Prevenção e Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas em Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. Graduado em Enfermagem pela UFRGS.

  • Silvia Halpern, UFRGS

    Pesquisadora do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Mestrado profissional em Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Carla Dalbosco, UFRGS

    Pesquisadora do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Mestrado profissional em Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Graduada no Programa de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Lucas Garcia, UFRGS

    Pesquisador no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Felipe Ornell, UFRGS

    Pesquisador do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Mestrado profissional em Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Graduado no Programa de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Flavio Pechansky, UFRGS

    Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS. Pesquisador do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Mestrado profissional em Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Graduado no Programa de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Lisia Von Diemen, UFRGS

    Médica no Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS. Pesquisador do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Mestrado profissional em Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Graduado no Programa de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Andressa Goldman Ruwel, UFRGS

    Médica pela Unisinos. Em formação em Psiquiatria pela Fundação Mário Martins. Aluna de doutorado no Programa de Pós Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela UFRGS.

  • Ramon Proença, UFRGS

    Pesquisador do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Caroline Souza, UFRGS

    Pesquisadora do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Hospital de Clínicas d

  • Márcio Camatta, UFRGS

    Graduado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do Curso de Mestrado Profissional em Saúde Mental e Adições, Porto Alegre, RS, Brasil.

  • Félix Henrique Paim Kessler, UFRGS

    Médico e professor no Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS. Pesquisador do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, Mestrado e Doutorado profissional no Programa de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

16-09-2025

Edição

Seção

Artigos empíricos

Como Citar

Manejo de contingências: percepções dos profissionais em uma unidade para tratamento de transtornos aditivos. (2025). Diaphora, 13(2), 81-87. https://doi.org/10.29327/