A função transformadora da arte na cultura da indiferença
DOI:
https://doi.org/10.29327/217869.9.4-9Resumo
A arte nasce paralela ao processo evolutivo e a concepção do homem enquanto espécie. A psicanálise, por sua vez, nasce a partir da criatividade de seu criador e, em muito, fomentada pelo interesse que nutria pela a arte e literatura. Ao longo de sua obra, Freud ocupa-se de entender o homem através da arte – arte esta que desvela o homem - bem como compreender sua função e relação com os processos inconscientes de ordem subjetiva. Assim, alinhando psicanálise e arte, subjetivo e social, propomos a análise da função transformadora da arte na cultura vigente onde predominam vivências de indiferença, a partir das quais os sujeitos são marcados pelo trauma, pela exclusão e pela marginalidade. Entendemos a arte como uma possível saída para alteridade e que esta representa um rompimento com as demandas contemporâneas que prezam o imediatismo, o consumo, a perfomance e que deixam de lado o que há de mais singular em cada um. Dessa forma, a arte surge enquanto um dispositivo capaz de dar voz ao indizível, de dar forma ao irrepresentável, de alcançar os que sofrem, de reconhecer o ilógico - tal como o faz a psicanálise.
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