Racismo, traumático e desmentido: aproximações entre Freud, Ferenczi e Grada Kilomba

Autores

  • Luciana Maccari Lara Sigmund Freud Associação Psicanalítica
  • Andréa Mongeló
  • Jaqueline Batista
  • Jordan Maia Nunes da Silva
  • Silvana da Silva Henzel
  • Vitoria Justin dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.29327/217869.9.4-3

Resumo

A cultura, enquanto produtora de subjetividades, especialmente na contemporaneidade, tem colaborado para estimular novas e antigas formas de sofrimento psíquico dos sujeitos, especialmente para com a população negra. Durante o processo de escrita deste trabalho nos deparamos com as seguintes perguntas: Como pensar o contexto em que vivemos? Que questionamentos são oriundos do nosso tempo e quais deles fazemos a nós mesmos? Quantos analisandos negros estiveram ou estão conosco em nossos consultórios? Quantos colegas negros tivemos em nossas formações? E como se deu, ou não, a escuta desses sujeitos? Diante deste cenário, a psicanálise se faz cada vez mais necessária e é convocada a pensar e fazer refletir sobre o tema do racismo, fortemente atravessado por questões culturais, cujos reflexos incidirão diretamente na vida dos sujeitos e muitas vezes aparecerão na clínica psicanalítica. O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica e tem como objetivo promover uma aproximação entre os conceitos de trauma pensado por Freud, desmentido/desautorização de Ferenczi e racismo cotidiano de Grada Kilomba, a fim de compreendermos a violência presente na cultura através de um saber eurocêntrico, branco e masculino.

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Publicado

2021-05-21

Edição

Seção

Artigos