Experiências na formação de psicoterapeutas antirracistas
DOI:
https://doi.org/10.29327/217869.10.3-5Resumo
Partindo da premissa de que as questões raciais são estruturantes para a construção da sociedade brasileira e que, como tal, marca profundamente as perspectivas epistemológicas mais usualmente utilizadas na psicologia, o texto tem como objetivo relatar experiências na formação de psicoterapeutas na qual o antirracismo foi abordado como uma atitude fundamental para a prática clínica. Os estágios supervisionados aconteceram no último ano do curso de graduação em Psicologia de uma universidade pública. A partir da escuta de mulheres negras e periféricas que tinham o racismo como fonte de seus sofrimentos psíquicos, cinco estagiárias sentiram-se impelidas a redimensionar suas posturas clínicas. Apontam-se possibilidades de sistematização para incluir o antirracismo na formação do psicoterapeuta, como o desenvolvimento da identidade racial do supervisor e dos estagiários e, no caso de pessoas brancas, conhecer sobre branquitude. A produção deste texto intenciona fornecer subsídios para o desenvolvimento de outras iniciativas relativas à formação de psicoterapeutas, visando a construção de uma clínica psicológica antirracista localizada geopoliticamente na realidade brasileira.
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