Depressão no homem: o impacto da experiência de paternidade

Autores

  • Luciano Henrique Moreira Santos Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Wilhiam Luiz de Lima Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  • Conceição Aparecida Serralha Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

DOI:

https://doi.org/10.29327/217869.11.1-3

Resumo

A depressão constitui situação de frustração, mesmo sem perda, e diminuição de atividades agradáveis. A depressão pós-parto advém no período puerperal, com sintomas próprios à depressão maior e ocorre próximo ao primeiro ano após o nascimento do bebê. Essa realidade pode também atingir os pais. Foi considerado, neste estudo, a complexidade psíquica presente na patologia da depressão e as questões culturais no âmbito masculino, ampliadas diante da experiência da paternidade do primeiro filho. O objetivo foi investigar o impacto psicológico da experiência de paternidade e a possibilidade de manifestação de sintomas depressivos em homens, após o nascimento do primeiro filho. Participaram nove homens. Para o procedimento de análise de dados, utilizou-se a Análise Temática de Braun e Clarke, que permite a intepretação do conteúdo por meio do engendramento de temas que se aproximam. Constatou-se a dificuldade dos pais em falar de si mesmos, corroborando a ideia de que o homem cuida pouco de si e expressa menos seus sentimentos. Demonstrou-se a fundamental importância de que os pais, sobretudo após o nascimento do primeiro filho, sejam apoiados por uma rede social e familiar, pois há verificações empíricas que denotam a possibilidade de manifestações depressivas e dificuldades de expressão, nesses indivíduos.

Biografia do Autor

  • Luciano Henrique Moreira Santos, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

    Estudante do curso de graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Psicanálise da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - GEPPse.

  • Wilhiam Luiz de Lima, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

    Estudante do curso de graduação em Psicologia na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Graduado em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Bacharel em Filosofia pela Faculdade Arquidiocesana de Mariana – Dom Luciano Mendes de Almeida. Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson. Especialista em Pedagogia Empresarial e Gestão de Pessoas pelo Centro de Estudos e Pesquisas do Estado de Minas Gerais. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Psicanálise da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - GEPPse.

  • Conceição Aparecida Serralha, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

    Pós-doutora em Psicologia pela Universidad Argentina John F. Kennedy - UK - Buenos Aires (2018) e pela Universidade Estadual de Campinas-SP (UNICAMP) (2018); possui doutorado e mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007; 2002). Professora Associada da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFTM (PPGP-UFTM). Membro do Departamento de Psicologia, que compõe o Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS. Psicanalista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana - SBPW, filiada à International Winnicott Association - IWA . Membro do Grupo de Pesquisa em Filosofia e Práticas Psicoterápicas - GrupoFPP e líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Psicanálise da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - GEPPse.

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Publicado

2022-09-29

Edição

v. 11 n. 1 (2022)

Seção

Artigos

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