O destino do afeto na neurose obsessiva: uma compreensão psicanalítica
DOI:
https://doi.org/10.29327/217869.11.1-9Resumo
A pesquisa psicanalítica acerca da neurose obsessiva, bem como sua diferenciação com a histeria, é extensa. Dentre as diversas diferenças estruturais, há aquela relativa à formação sintomática, que é determinada pelo destino que o sujeito concede ao seu afeto antes ligado ao conteúdo que foi recalcado. Deste modo, o presente trabalho objetiva explorar, a partir de uma revisão da literatura, o destino que o neurótico obsessivo confere ao seu afeto e de que forma o seu deslocamento na formação do sintoma se apresenta na clínica da psicanálise. Entendeu-se que há algumas particularidades no processo de recalque da neurose obsessiva, que difere com o da histeria. O destino do afeto na formação sintomática, o qual o sujeito deixa intacto em sua atividade psíquica e o desloca para outras representações que substituem a original, dá surgimento ao sofrer pelos pensamentos que tanto caracteriza a neurose obsessiva. Apontou-se, também, que na clínica da psicanálise se percebe que aquilo que foi afastado da consciência, fonte original da culpa, muitas vezes retorna sem seu afeto e sem que o sujeito estabeleça conexão com os sintomas.
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