Distress e enfrentamento de mulheres adultas e idosas sob quimioterapia

Autores

  • Agni Gonçalves Tavares Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia
  • Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Araujo Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia

Resumo

Denomina-se distress, o sofrimento psicológico de origem multifatorial, relacionado ao diagnóstico e aos tratamentos oncológicos. Quanto ao enfrentamento, persiste o interesse clínico sobre o tema, em razão da necessidade de estimular estratégias adaptativas de pacientes. Sendo assim, esta pesquisa visou descrever, avaliar e comparar distress e enfrentamento de mulheres adultas e idosas, submetidas à quimioterapia, distribuídas em: Grupo A - nove pacientes entre 21 e 50 anos e Grupo B - 12 pacientes entre 51 e 80 anos de idade. Para coleta de dados, adotaram-se: Termômetro do Distress (TD), Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), Questionário Sociodemográfico e Roteiro de Entrevista Semiestruturada. Verificaram-se níveis de distress mais elevados em mulheres adultas (M = 5,67; DP = 3,35), em comparação com mulheres idosas (M = 4,08; DP = 2,31). Em ambos os grupos, constatou-se predomínio de enfrentamento ‘focalizado no problema’. As pacientes reconheceram a importância do suporte social positivo diante de estressores vivenciados nos domínios físico, emocional e social da existência. Porém, também relataram ampliação e sobrecarga de atribuições, notadamente na etapa da vida adulta. Recomendam-se estudos multicêntricos com grupos etários de menor intervalo temporal para identificação de outras especificidades associadas a gênero, ciclo de desenvolvimento e aspectos socioculturais.

Biografia do Autor

  • Agni Gonçalves Tavares, Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia

    Mestre em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília. Psicóloga no Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Brasília.

  • Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Araujo, Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia

    Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia. Doutora pela Université de Paris X – Nanterre, França. Pós-Doutorado na Unesco, França.

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Publicado

2024-12-31

Edição

Seção

Artigos empíricos