O inundar psíquico: enchentes e suas repercussões traumáticas nas crianças

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/

Resumo

As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 resultaram em perdas materiais e imateriais, com efeitos psíquicos avassaladores especialmente para aqueles que já se encontravam em situação de vulnerabilidade. Ao abordarmos o tema da fragilidade psíquica é impossível não pensarmos nas crianças afetadas pela catástrofe. O presente relato de experiência aborda a vivência de uma estagiária de psicologia clínica, cujos pacientes da clínica infantil foram diretamente afetados pelas enchentes. A partir de sua escuta, aponta-se os marcadores traumáticos singulares relacionados ao cenário de catástrofes, traumas coletivos e de exposição de crianças a eventos traumáticos. São estes: a privação das atividades do dia a dia das crianças, o efeito psíquico das diversas perdas, a sensação de perigo iminente, o aumento da desconfiança, o impacto do desamparo dos pais nas crianças e o agravamento de quadros emocionais pré-existentes. A partir da experiência de atendimento destes pacientes, antes e depois da catástrofe, assim como a articulação teórica do tema apresentado, pretende-se expor as repercussões psíquicas da tragédia para essas crianças e a importância da psicoterapia infantil para a elaboração destes traumas.

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Biografia do Autor

  • Isadora Graeff Bins Ely, PUCRS

    Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestranda em Psicoterapia Psicanalítica (MSc Psychoanalytic Psychotherapy) na Trinity College Dublin.

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Publicado

16-09-2025

Edição

Seção

Prêmio Estudante e Recém-formado

Como Citar

O inundar psíquico: enchentes e suas repercussões traumáticas nas crianças. (2025). Diaphora, 13(2), 94-98. https://doi.org/10.29327/